Psiquiatra alerta para confusão em diagnósticos de autismo e TDAH
gazetadevarginhasi
15 de set.
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Estudo mostra que expansão de diagnósticos de autismo não reflete aumento real de casos.
Um levantamento da University of Exeter, no Reino Unido, apontou um crescimento de 787% nos diagnósticos de autismo entre 1998 e 2018, sobretudo em adultos. Apesar do número expressivo, pesquisadores afirmam que o aumento não representa necessariamente maior prevalência da condição.
A psiquiatra Juliana Belo Diniz, com experiência em clínica pela Universidade de Harvard, explicou em entrevista à rádio Jangadeiro BandNews 101.7 que o avanço está relacionado à ampliação dos critérios de diagnóstico e ao maior interesse da sociedade pelo tema. Segundo ela, movimentos sociais contribuíram para expandir a noção de espectro autista, influenciando áreas como a psiquiatria e a neurologia.
Juliana destacou ainda que sintomas leves, como ansiedade social ou dificuldades de atenção causadas pelo estresse, têm sido enquadrados como autismo ou TDAH, o que pode confundir a população e prejudicar a luta por direitos de famílias que convivem com casos mais graves. A médica lembrou que apenas psiquiatras e neurologistas têm competência legal para diagnosticar o transtorno, enquanto psicólogos atuam no acompanhamento clínico.
Críticas a diagnósticos superficiaisA especialista também criticou a prática de diagnósticos rápidos, muitas vezes feitos de forma online. Para ela, uma avaliação correta exige entrevistas detalhadas, análise do histórico acadêmico e familiar, além de exames clínicos completos, o que não ocorre em consultas superficiais.
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