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Quadrilha usa credenciais de magistrados para fraudar sistema da Justiça e soltar presos em Belo Horizonte

  • gazetadevarginhasi
  • há 1 hora
  • 2 min de leitura

fonte: g1
fonte: g1
Uma organização criminosa formada por hackers e estelionatários utilizou credenciais verdadeiras de magistrados para acessar de forma ilegal sistemas do Judiciário e fraudar ordens de soltura, permitindo que quatro detentos deixassem o Ceresp Gameleira, em Belo Horizonte, no último sábado (20).
Os presos haviam sido detidos no dia 10 de dezembro, junto com outras cinco pessoas, justamente por envolvimento em crimes cibernéticos ligados à invasão e manipulação de sistemas judiciais. Ainda assim, conseguiram sair da unidade prisional pela porta da frente após a inserção de alvarás de soltura falsos no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP), plataforma vinculada ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Até a noite de terça-feira (23), apenas um dos quatro detentos havia sido recapturado. Os outros três permanecem foragidos e são procurados pelas forças de segurança.
Como o esquema funcionava
De acordo com as investigações, os criminosos obtiveram acesso ao sistema do CNJ por meio de logins e senhas associados a juízes, embora ainda não se saiba como essas credenciais foram parar nas mãos da quadrilha. Com esse acesso, o grupo conseguia simular decisões judiciais, alterar dados sensíveis de processos e emitir documentos falsos.
Além da liberação ilegal de presos, a investigação aponta que a organização também tentava:
  • Alterar mandados de prisão;
  • Desbloquear valores retidos pela Justiça;
  • Liberar veículos apreendidos de forma irregular.
Presos soltos e foragidos
Dos quatro detentos beneficiados pela fraude, um já foi recapturado. Os outros três seguem foragidos. Entre eles estão Ricardo Lopes de Araujo, Wanderson Henrique Lucena Salomão e Nikolas Henrique de Paiva Silva. O quarto envolvido, Júnio Cezar Souza Silva, foi localizado e preso novamente na noite de segunda-feira (22).
Posição dos órgãos oficiais
Em nota, o CNJ afirmou que não houve invasão estrutural nem falha sistêmica em seus sistemas. Segundo o órgão, o que ocorreu foi o uso fraudulento de credenciais legítimas, e todas as decisões falsas foram identificadas e canceladas em menos de 24 horas. O conselho também informou que não há indícios de envolvimento de servidores.
O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) confirmou que os alvarás forjados foram anulados, os mandados de prisão restabelecidos e que forças de segurança foram acionadas para recapturar os foragidos.
Medidas do governo
Após o episódio, o vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões, anunciou que o Estado irá atrasar temporariamente o cumprimento de ordens de soltura, com o objetivo de verificar a autenticidade das decisões judiciais antes de liberar presos.
O caso segue sob investigação pela Secretaria de Segurança Pública de Minas Gerais e pelo Judiciário, que trabalham para identificar todos os envolvidos e evitar novas fraudes no sistema.

Gazeta de Varginha

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