Tarifas dos EUA elevam preço do café e pressionam mercado global
gazetadevarginhasi
18 de ago.
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Divulgação
Tarifas dos EUA impulsionam alta do café na bolsa de Nova York.
O preço do café arábica registrou forte valorização na bolsa de Nova York nesta sexta-feira (15/8), influenciado tanto pelo aumento das tarifas sobre produtos brasileiros quanto por fatores técnicos do mercado. Os contratos com vencimento em dezembro fecharam em alta de 4,86%, cotados a US$ 3,3420 por libra-peso.
Segundo Antonio Pancieiri Neto, da Clonal Corretora de Café, as tarifas de 50% impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos brasileiros provocaram uma quebra no fluxo de exportações do Brasil, maior produtor mundial de café arábica, o que também afeta o mercado norte-americano, principal consumidor global do grão.
“Com essa quebra de fluxo, não há certeza de que outras origens vão cobrir a falta que o café brasileiro irá fazer para os Estados Unidos. Hoje, quem precisa de café está recorrendo à bolsa, para se proteger das tarifas, e com isso o preço sobe mais”, explicou Pancieiri Neto.
O cenário de alta foi reforçado pelo pessimismo em relação à safra brasileira 2025/26, após a Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé) informar que a escassez de chuva comprometeu o rendimento dos cafezais. Ajustes técnicos na bolsa também contribuíram para o impulso das cotações.
Outros produtos agrícolas
No mercado de cacau, os contratos de dezembro tiveram leve alta de 0,08%, cotados a US$ 8.278 a tonelada, tentando recuperar perdas recentes de mais de 3%. Já o açúcar registrou queda de 0,84%, a 16,44 centavos de dólar por libra-peso, enquanto o suco de laranja FCOJ para setembro caiu 0,46%, a US$ 2,4790 por libra-peso.
No algodão, os contratos para dezembro recuaram 0,21%, cotados a 67,54 centavos de dólar por libra-peso, registrando baixa discreta em Nova York.
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