Trump acusa Brasil de impor tarifas excessivas aos Estados Unidos e anuncia novas tarifas a partir de abril
5 de mar.
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira, 4 de março, que "União Europeia, China, Brasil, México e Canadá nos cobram tarifas injustas" no comércio exterior. Em seu discurso, Trump anunciou que, a partir de 2 de abril, tarifas recíprocas serão implementadas. "Não permitiremos mais que os Estados Unidos sejam prejudicados por outros países. Não pagaremos mais subsídios de centenas de bilhões de dólares ao Canadá e ao México", disse o presidente.
Trump destacou que, recentemente, os Estados Unidos receberam US$ 1,7 trilhão em investimentos e citou a fabricante taiwanesa de processadores TSMC, que, segundo ele, investirá US$ 100 bilhões nos EUA para evitar tarifas. "Essa nova política comercial será excelente para os fazendeiros americanos", completou.
Em seu discurso na sessão conjunta do Congresso, Trump enfatizou as medidas tomadas por seu governo nas primeiras seis semanas de mandato e ressaltou que sua vitória eleitoral foi um "mandato" do povo americano. O republicano também se posicionou em defesa de suas políticas, apesar da expectativa de aumento nos preços de vários produtos consumidos pelos americanos, como café, tomates e gasolina.
O discurso de Trump foi interrompido por protestos de membros da bancada democrata, e o congressista Al Green foi removido do Congresso. Após a saída de Green, Trump continuou destacando ações de seu governo, incluindo a retirada dos EUA da Organização Mundial da Saúde (OMS) e o desmantelamento da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID).
Trump afirmou que "o povo me elegeu para fazer o trabalho, e eu estou fazendo isso" e reiterou suas acusações contra o ex-presidente Joe Biden, chamando-o de "o pior presidente da história dos Estados Unidos". O presidente também culpou Biden pela inflação e manifestou seu desejo de aprovar uma legislação de cortes de impostos. "Agora, pela primeira vez na história moderna, mais americanos acreditam que nosso país está indo na direção certa do que na direção errada", afirmou Trump.
Após cerca de 20 minutos de discurso, Trump mencionou o bilionário Elon Musk, agradecendo-lhe pelo trabalho no Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), que, segundo Trump, está desmantelando agências governamentais e reduzindo a força de trabalho federal em uma tentativa de "restaurar a democracia". No entanto, o trabalho do DOGE, sob a liderança de Musk, está sendo alvo de questionamentos legais, com tribunais analisando se isso viola leis de privacidade e direitos dos funcionários federais.
O trabalho do DOGE tem gerado críticas, até mesmo de alguns republicanos, preocupados com os impactos nos serviços essenciais do governo e na segurança do país. A demissão e recontratação apressada de funcionários responsáveis pela manutenção das armas nucleares dos EUA, por exemplo, geraram preocupações adicionais.
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