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As 3 Fases do Trauma no Trânsito: Prevenção é Sempre o Melhor Caminho

  • Foto do escritor: Elisa Ribeiro
    Elisa Ribeiro
  • 27 de ago.
  • 3 min de leitura
Compreender como o trauma é dividido em três etapas, antes, durante e depois do sinistro de trânsito, ajuda a salvar vidas e reforça a importância de atitudes simples de prevenção!
Quando falamos em sinistros de trânsito, muitas vezes pensamos apenas no momento da colisão. Mas, para a medicina do tráfego e outros profissionais da área, o sinistro é visto em três fases fundamentais: o antes, o durante e o depois do evento. Entender cada

uma delas ajuda a salvar vidas e mostra como a prevenção é a atitude mais eficaz.
O trânsito brasileiro é responsável por ceifar milhares de vidas ou mesmo deixar pessoas incapazes todos os anos, por causa da imprudência no trânsito. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os acidentes de trânsito estão entre as principais causas de morte de jovens de 15 a 29 anos no mundo. Esse dado reforça a necessidade de compreender que o trauma não é apenas um evento isolado, mas parte de um processo que pode, e deve ser interrompido logo no início, na fase da prevenção.

■ 1ª Fase – Pré-Evento (Prevenção)
É o momento antes do acidente acontecer. Aqui, cada atitude faz diferença.
Medidas essenciais:
  • Usar sempre o cinto de segurança (inclusive no banco de trás).
  • Respeitar a sinalização e os limites de velocidade.
  • Não usar celular ao dirigir.
  • Realizar manutenção preventiva no veículo.
  • Não dirigir sob efeito de álcool ou drogas.
Exemplo: em uma colisão a 60 km/h, um ocupante do veículo sem cinto é lançado para frente, com força equivalente a várias toneladas.
Na imagem, vemos a simulação do impacto de uma vítima de acidente de trânsito sendo arremessada contra as partes internas do veículo por não estar utilizando o cinto de segurança. Fonte: PHTLS
Na imagem, vemos a simulação do impacto de uma vítima de acidente de trânsito sendo arremessada contra as partes internas do veículo por não estar utilizando o cinto de segurança. Fonte: PHTLS

■ 2ª Fase – Evento (O Impacto)
É o momento do acidente em si, quando ocorre a troca de energia.
O que a ciência explica:
  • A energia não se perde, apenas se transforma.
  • Velocidade e massa definem a gravidade do impacto, isto é, a velocidade que o veículo está no momento do impacto ao quadrado mais a metade do peso corporal do ocupante do veículo.
  • Órgãos reagem de forma diferente: ossos resistem mais, mas órgãos internos podem se romper facilmente.
Exemplo: uma vítima de atropelamento pode aparentar estar bem, mas sofrer hemorragias internas graves, isso depende da força do impacto.
A força do impacto em um atropelamento é capaz de projetar a vítima a vários metros de distância, evidenciando a gravidade das consequências mesmo em velocidades consideradas baixas. Fonte: PHTLS
A força do impacto em um atropelamento é capaz de projetar a vítima a vários metros de distância, evidenciando a gravidade das consequências mesmo em velocidades consideradas baixas. Fonte: PHTLS

■ 3ª Fase – Pós-Evento (Atendimento)
Depois do acidente, entra em cena o socorro eficaz. O tempo é crucial.
O que faz diferença:
  • Os primeiros socorros adequados, por isso a população em geral deverá ser treinada para saber o que fazer, a fim de não comprometer mais a gravidade do caso.
  • Chamado ao atendimento especializado. Quem está na cena deverá saber acionar o serviço de emergência e solicitar o atendimento necessário de maneira adequada, colaborando com todas as informações necessárias para que as equipes de socorro cheguem ao local de maneira rápida e com todos os recursos necessários.
  • Hospitais de referência para atendimento ao trauma
■ Exemplo: em um sinistro de trânsito, quem chega primeiro à cena deve conseguir manter o controle emocional, sinalizar o local, chamar o socorro especializado, cuidando da segurança da cena.

Brasil em Números
  • Mais de 30 mil mortes por ano em acidentes de trânsito (DATASUS).
  • O cinto de segurança reduz em até 75% o risco de morte.
  • Celular ao volante já supera o álcool como principal causa de sinistros (PRF).

Você Sabia?
  • Uma colisão a 50 km/h equivale a cair do 5º andar de um prédio
  • Em 3 segundos de distração, um carro a 60 km/h percorre quase 50 metros sem controle.
  • Um treinamento de
  • primeiros socorros e segurança no trânsito deveria ser aplicado a todo cidadão, independentemente da posição que ele ocupa; isso poderia salvar vidas.


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    Por Cristiane Gomes

    Instrutora Especialista em Planejamento e Gestão de Trânsito, com formação em Pedagogia, Bacharelado em Administração e curso técnico em Segurança do Trabalho.

    Com ampla experiência nas áreas de educação para o trânsito, segurança ocupacional e treinamentos corporativos, é proprietária da R-Sarto Treinamentos, empresa especializada em capacitação profissional e desenvolvimento de programas preventivos.

    Atua como colunista da Gazeta de Varginha, abordando temas voltados à prevenção, mobilidade segura e cultura de segurança no trabalho.

    Contato profissional: rsartotreinamentos@gmail.com 

    Instagram: @rsartotreinamentos | @cristianegomesp

    WhatsApp: (35) 98848-9501

     

 

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