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Brasileiro da UFMG vence prêmio da Unesco por pesquisas sobre ética na inteligência artificial

  • gazetadevarginhasi
  • há 3 horas
  • 2 min de leitura
Brasileiro da UFMG vence prêmio da Unesco por pesquisas sobre ética na inteligência artificial
Divulgação
Virgílio Almeida é reconhecido por estudos sobre governança digital e regulação de algoritmos.

O professor Virgílio Almeida, do Departamento de Computação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), foi o grande vencedor da primeira edição do Prêmio Unesco-Uzbequistão para Pesquisa Científica sobre Ética na Inteligência Artificial.

A honraria, anunciada nesta quinta-feira (7), reconhece pesquisas pioneiras sobre governança da internet, inteligência artificial (IA) e regulação de algoritmos, áreas em que o pesquisador atua desde 2012.

Almeida tem papel central na formulação de políticas públicas digitais no Brasil. Ele foi um dos responsáveis pela construção do Marco Civil da Internet, durante sua gestão como secretário nacional de Políticas de Informática no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.

Na época, o Brasil reagia às denúncias de espionagem internacional reveladas por Edward Snowden, que mostraram a vigilância norte-americana sobre redes globais de comunicação, incluindo a Petrobras e a então presidente Dilma Rousseff. O episódio levou à formulação de novas diretrizes de soberania digital — e Almeida foi uma das vozes brasileiras nas discussões internacionais que se seguiram.

De volta à academia, o professor continuou sua trajetória na UFMG e na Universidade de São Paulo (USP), onde integra a Cátedra Oscar Sala do Instituto de Estudos Avançados. Lá, ele coordena o projeto “IA Responsável”, que analisa os aspectos técnicos, sociais, legais e éticos da inteligência artificial.

O governo brasileiro, que indicou o nome de Almeida ao prêmio, comemorou a conquista.
“A premiação reflete o compromisso do Brasil com o uso ético e responsável da inteligência artificial, como ferramenta de desenvolvimento socioeconômico para o bem de todos”, afirmou o Itamaraty, em nota.

Outros premiados
Além do brasileiro, também foram reconhecidas as pesquisadoras Claudia Roda e Susan Perry, da American University of Paris, por estudos sobre o impacto das tecnologias digitais nos direitos humanos.Outro premiado foi o Instituto para Governança Internacional da Inteligência Artificial da Universidade de Tsinghua, na China, que atua na criação de políticas globais para o desenvolvimento de uma IA responsável e inclusiva.

Homenagem ao cientista Beruniy
O prêmio leva o nome de Beruniy Prize, em tributo ao cientista Abu Rayhan al-Biruni (ou Beruniy), estudioso persa dos séculos X e XI que se destacou em áreas como astronomia, matemática, geografia e filosofia. A iniciativa é parte dos esforços do Uzbequistão para promover sua cultura científica e cooperação internacional.
Fonte: AgBrasil

Gazeta de Varginha

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