Minas amplia estratégias e aposta em tecnologia para liderar a descarbonização no país
gazetadevarginhasi
há 2 minutos
2 min de leitura
Reprodução
Em continuidade ao estudo desenvolvido para o Programa Rota da Descarbonização, iniciativa do Governo de Minas por meio da Invest Minas — agência vinculada à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede-MG) — novas diretrizes e soluções tecnológicas foram apresentadas para apoiar a transição climática nos setores de Indústria, Energia e Afolu (Agropecuária, Florestas e Uso da Terra), dando sequência ao trabalho já conduzido no segmento de Transportes. As análises aprofundam o caminho que permitirá ao Estado cumprir a meta de neutralidade de carbono até 2050 e reforçam o protagonismo mineiro no debate nacional, especialmente em um período marcado pela realização da COP30, em Belém, no Pará.
No setor industrial, o estudo aponta medidas de eficiência e inovação como essenciais para reduzir emissões. Na produção de cimento — responsável por 27% das emissões do segmento — a ampliação do uso de aditivos e substitutos ao clínquer surge como alternativa estratégica, de grande impacto e menor custo. Já na cadeia do ferro-gusa e do aço, que responde por metade das emissões industriais, destacam-se o uso ampliado de carvão vegetal sustentável e a adoção de fornos elétricos (EAF). A substituição de combustíveis fósseis por fontes de baixa emissão também compõe o conjunto de soluções com elevado potencial de mitigação no estado.
No campo da energia, a captura de carbono na cogeração elétrica das usinas de etanol e no processo de produção de biometano é apontada como uma das transformações mais relevantes. Embora seja uma tecnologia de alto custo, permite que o setor alcance emissões líquidas negativas, compensando impactos residuais de outras áreas. Trata-se de uma agenda em que Minas já se destaca, impulsionada pela expansão da bioenergia e do mercado de biocombustíveis.
Em Afolu, Minas reforça sua vocação para liderar a transição sustentável no campo. Práticas como Integração Lavoura-Pasto (ILP), Integração Lavoura-Pasto-Floresta (ILPF) e manejo nutricional de bovinos oferecem aumento expressivo de produtividade com custos reduzidos, além de alto potencial de mitigação. No entanto, a maior contribuição vem das ações relacionadas ao uso da terra, já que restauração florestal e redução do desmatamento respondem por mais de 60% da mitigação projetada.