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Opinião com Luiz Fernando Alfredo - 21/10/2025

  • gazetadevarginhasi
  • há 3 dias
  • 3 min de leitura
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A urgência de reconquistar a confiança na Democracia Brasileira


No coração da nossa democracia, repousa a expectativa legítima de que os representantes eleitos atuem de acordo com a vontade popular, sendo verdadeiros mandatários do povo. No Brasil, essa relação deveria ser a base do funcionamento do poder legislativo, que representa o espelho das aspirações, necessidades e sonhos da sociedade em suas três esferas de governo: federal, estadual e municipal. Contudo, a realidade, infelizmente, revela uma triste dissonância entre esse ideal e a prática corrente.

Ao lançar um olhar crítico sobre o comportamento de muitos políticos, não podemos deixar de denunciar uma prática que beira o estelionato político. São indivíduos que, ao se elegem, prometem representar o povo, mas, ao assumirem seus cargos, agem muitas vezes em benefício próprio ou de grupos de interesse, desconsiderando a vontade da maioria. Essa conduta não só corrompe o processo democrático como também mina a confiança da sociedade nas instituições públicas.

Esses atuantes do legislativo muitas vezes se afastam do mandato que lhes foi confiado, priorizando interesses pessoais, econômicos ou de grupos privilegiados, ao invés de legislar para o bem comum. Seus comportamentos, muitas vezes, podem ser comparados a um verdadeiro estelionato eleitoral: enganam o eleitor na campanha, prometendo mudanças e representação genuína, e, na prática, entregam-se a práticas que mantêm privilégios, perpetuam desigualdades e dificultam avanços sociais.

A gravidade dessa conduta exige uma resposta firme e profunda. Não podemos mais tolerar a perpetuação de políticos que usam o cargo como trampolim para interesses pessoais, que negociam votos por vantagens e que, ao final, traem a confiança do povo que os elegeu. A democracia, princípio fundamental de nossa sociedade, só se fortalece quando há transparência, responsabilidade e compromisso real com o interesse público.
É fundamental que a sociedade brasileira se conscientize de seu poder de fiscalização e de cobrança por uma atuação ética e responsável de seus representantes. Além disso, é urgente fortalecer mecanismos de controle, como a imprensa livre, órgãos de fiscalização e punições mais severas para quem violar os princípios éticos e legais.

Os estelionatários do poder legislativo não podem mais permanecer impunes. Sua conduta deve ser exposta, denunciada e combatida com rigor, para que a democracia brasileira seja de fato representativa, transparente e legítima. Nosso país merece políticos que tenham coragem de exercer suas funções com integridade, respeito ao mandato recebido e, sobretudo, dedicação sincera ao bem-estar de toda a população.

Só assim, com uma reforma ética e moral no Legislativo, poderemos avançar rumo a uma sociedade mais justa, igualitária e verdadeiramente democrática. Desde que começamos a escrever textos críticos e informativos há 20 anos, sempre acreditando que o Brasil poderia prosperar na próxima eleição, nos decepcionamos a cada fim de mandato. Ainda estamos longe de retribuir ao país tudo o que ele nos oferece de bom, por ser uma nação rica, diferenciada e até abençoada. Infelizmente, seguimos na expectativa de mudança. Será que votamos mal? Existem políticos bons, mas poucos permanecem por muito tempo no poder. Essa rotatividade cruel faz com que nossa memória não consiga identificar quem é quem nessa trajetória, muitas vezes descontinuada e irresponsável.

Somos um povo cuja maioria tem pouca cultura, educação limitada e uma ética questionável, além de falta de conhecimento. Não seria importante incluir na grade curricular de todos os níveis de ensino a disciplina “educação política” ou até um curso intensivo, com critérios de mérito, avaliação rigorosa e punições para o estelionato eleitoral? Quantos eleitos não sabem sequer por que estão nos cargos que ocupam?
Que Deus abençoe nós brasileiros!

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Gazeta de Varginha

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