No lugar do Menino-Deus, ergueu-se a figura folclórica do Papai Noel. Uma lenda de barba branca e riso fĆ”cil, criada para encantar crianƧas e que acabou transformada em sĆmbolo do consumo. Ele nĆ£o pede conversĆ£o, nĆ£o fala de sacrifĆcio, nĆ£o confronta consciĆŖncias; apenas entrega presentes. Troca-se o Cristo que salva pelo personagem que agrada, a cruz pelo trenó.
O mesmo se repete nas demais datas e na virada do ano: ama-se por calendÔrio, promete-se por superstição, acredita-se que o tempo, sozinho, farÔ o trabalho que cabe à consciência. Mas o relógio não transforma a alma.
O verdadeiro Natal nĆ£o estĆ” em negar a alegria, nem em destruir sĆmbolos, mas em recolocĆ”-los no lugar certo. Com Cristo no centro, a tradição serve ao homem. Sem Ele, o homem acaba servindo Ć tradição.