Senado pode investigar atuação de Moraes em caso do Banco Master
gazetadevarginhasi
há 2 horas
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Divulgação / Fellipe Sampaio/STF
Senador anuncia coleta de assinaturas para investigar relação de Moraes com Banco Master.
O senador Alessandro Vieira (MDB-SE) afirmou que, após o fim do recesso legislativo, pretende iniciar a coleta de assinaturas no Senado para apurar a relação entre o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e o Banco Master. A iniciativa ocorre após revelações publicadas pela colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo.
De acordo com a colunista, Alexandre de Moraes teria procurado o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, ao menos quatro vezes, com o objetivo de pressionar em favor da instituição financeira. A reportagem também aponta que a esposa do ministro, Viviane Barci de Moraes, mantém um contrato de prestação de serviços com o Banco Master, firmado por meio de seu escritório de advocacia.
Segundo as informações divulgadas, o contrato previa o pagamento de R$ 3,6 milhões mensais, pelo período de três anos, a partir de 2024. Em manifestação nas redes sociais, o senador Alessandro Vieira declarou: “Após o recesso vou coletar as assinaturas para investigação de notícias sobre um contrato entre o banco Master e o escritório da família do ministro Moraes, de 129 milhões de reais, fora do padrão da advocacia, além desta notícia de atuação direta do ministro em favor do banco”.
Liquidação do banco
Em novembro, o controlador do Banco Master, Daniel Vorcaro, foi preso durante uma operação da Polícia Federal, e o Banco Central determinou a liquidação da instituição financeira. A decisão foi tomada menos de 24 horas após o anúncio da operação de compra do banco pela Fictor Holding Financeira.
Segundo o Banco Central, o regime de liquidação é adotado em casos de insolvência irrecuperável ou quando há graves infrações às normas que regulam o sistema financeiro, entre outras hipóteses previstas em lei. Diferentemente do RAET, nesse modelo as atividades da instituição não são mantidas. Após a prisão, vieram à tona informações sobre ligações de Vorcaro com autoridades e políticos em Brasília.